Cabo Verde a bombordo.

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A viagem de Dinis Dias      

Os progressos da técnica náutica favoreceram a segurança da exploração oceânica. Em cada navio que zarpava de Lagos, embarcava a ambição de avançar umas léguas mais para Sul, achar terras ignoradas, fazer novos contactos com índigenas.

No caminho do Meridião, o litoral africano ficava sempre a bombordo. Mas os navegantes avançavam muito ao longe, traçando a sua rota sem ver terra, procurando a melhor impulsão dos ventos. A caravela dava, efectivamente, boas possibilidades de navegação. O seu pano latino permitia apanhar os ventos em qualquer direcção, mesmo quando enfunava pela parte da frente. Quando tal acontecia, o navio bolinava e, cegindo à linha do vento o mais possível, conjugando as manobras do leme e das vergas, progredia em ziguezague.

A aproximação à costa era feita sempre que o capitão entendesse. Tomava-se nota de vários promenores, acrescentavam-se os mapas ou introduziam-se correcções. E dava-se um nome ao sítio: ou pelo santo do dia, ou por homenagem a alguém, ou ainda pelo aspecto natural da paisagem. Foi este caso que se verificou quando Dinis Dias chegou ao Cabo Verde.

1444 Dinis Dias atinge Cabo Verde.

 

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