Boa capa e mau capelo.

Barra

As sete partidas de D. Pedro.      

Não foi tarefa muito fácil chegar a consenso sobre as vantagens da exploração oceânica. Havia, de facto, algumas figuras importantes da Nobreza e também do Clero que achavam ser mais proveitoso fazer campanhas em Marrocos. Custo-lhes bastante adquirir outro modo de pensar e nem a frustração da tomada de Tânger os convenceu logo da vã teimosia. A seguir à conquista de Ceuta, levantara-se a discussão entre os que estavam a favor de continuar as expedições e os que preferiam não sair dos limites europeus da Pátria. Dizia, então, o Infante D. Pedro, irmão de D. Henrique, que as aventuras africanas seriam ruinosas e não se devia trocar a boa capa do Reino por mau capelo das conquistas no além-mar.

Expedição a Tânger.      

Ora os burgueses perceberam logo que não haveria mais probabilidades de antingir mercados no exterior se vencesse a idea de acabar com as devassas ultramarinas. Porfiaram em sua defesa e o tempo dar-lhes-ia razão. O própio Infante D. Pedro quando assumiu o Governo da Regência, por morte prematura de D. Artur, iria apoiar a saída de barcas e barinéis para a costa de África, por ver que valia a pena. Era ele uma pessoa esclarecida que andara pela Europa e o que realmente não desejava era o recurso à guerra para dominar mouros ou negros.

1437 Fracasso da expedição a Tânger.

         

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