Bons e maus tratos.

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A venda de escravos      

O Infante D. Henrique fazia muitos investimentos nas expedições oceânicas. A Coroa dava-lhe colaboração e até lhe concedeu oexclusivo da navegação e do comércio com os povos abaixo do Bojador. Esses negócios ou tratos (como, então, se dizia) eram bons. Realmente, as trocas que se efectuavam com os nativos ofereciam vantagens e as mercadorias africanas que se vendiam em Lagos davam dinheiro. Entre as mercadorias, contavam-se os escravos que tinham muita procura no Médio Oriente.

A feitoria de Arguim      

No princípio, os tratos haviam sido maus, sobretudo por causa da maneira como se faziam os contactos. A prudência mandava que as caravelas ficassem ao largo, e saíssem de batel um ou dois condenados que, para essa missão arriscada, já vinham a bordo. Como a recepção era hostil, os navegadores atiravam-se de assalto sobre os indígenas, capturavam os que podiam e, depois, exigiam resgate. Mais lucrativo era embarcá-los para o Reino, como fez, certo dia, o escuteiro Lançarote, que trouxe 240!

A evolução natural, no entanto, foi no sentido de estabilizar o trato e conseguir relações normais de compra e venda, tanto com os indígenas como com os comerciantes árabes que dominavam as rotas do deserto acima e abaixo do Sara. A feitoria de Arguim levantou-se para esse fim.

1445 Começo das obras da feitoria de Arguim.

 

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